sábado, 27 de fevereiro de 2010

Eu odeio a escola!

Que aluno, em seu dia normal, nunca falou essa frase? Mesmo sem se dar conta, a grande maioria somente conseguiu chegar a essa constatação tão simples porque a escola forneceu-lhes ferramentas cognitivas suficientes para formular um pensamento com coerência lógica capaz de encandear uma série de argumentos e comparações para defender seu posicionamento diante da realidade da escola. Foi na sala de aula que ele aprendeu que há diversas maneiras de se conquistar a atenção e avaliar suas alternativas.
Edmario Nascimento da Silva

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Estudante?

A atividade primordial de um estudante deve ser estudar.

Parece estranho falar isso, entretanto, tem se tornado cada vez mais comum o fato de os estudantes simplesmente copiarem informações que para eles não fazem o menor sentido. Estudar é ato organizado, planejado, estruturado que requer atenção e concentração. O desenvolvimento do pensamento é o objetivo da arte de estudar.

O que normalmente encontramos nas salas de aula são alunos desmotivados, que não enxergam sequer um motivo para fazer algum esforço no sentido de aprimorar as suas capacidade cognoscivas. Embora estejamos vivendo a era da informação, não é verdade que os estudantes de hoje sejam mais informados que os de ontem. O que é pior: assistimos a cada dia a diminuição da capacidade de autoquestionamento, de formulação de perguntas. Precisamos lembrar que quem nos impulsiona ao crescimento são os nossos problemas e não as nossas comodidades.

Proponho, portanto, que , caso se queira ajudar alguém a desenvolver suas capacidades, ofereça-lhe problemas e dificuldades que o desestabilizem e tirem do seu conforto e comodidade.
Espero que dentro de algum tempo possamos recuperar a capacidade de raciocinar claramente, baseados em deduções ou induções lógicas na proposição de resolver problemas.
Edmario Nascimento da Silva

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A construção do espaço geográfico

A geografia estuda o espaço onde vivem os homens, preocupando-se em saber como as sociedades se organizam, qual a sua relação com a natureza e quais as transformações que impõem ao espaço.

Ao se estudar o espaço geográfico, examinam-se elementos físicos, como os rios, o relevo e a vegetação, e também elementos humanos, isto é, criados ou transformados pelos homens de acordo como os seus interesses e necessidades (cidades, estradas, plantações etc.)

Se pudéssemos ver o planeta Terra à grande distância, observaríamos a forma arredondada que possui. Se nos aproximássemos um pouco, seria possível perceber a paisagem terrestre, constituída por oceanos e continentes. Seria possível, também, perceber que nos continentes há muitas montanhas e inúmeros rios.

Caso fosse possível observar essa paisagem milhares de anos depois, seriam evidentes algums mudanças, pôs a chuva, o vento, os rios, os vulcões e os terremotos, além das plantas e animais, alteram continuamente a fisionomia do nosso planeta.

Além disso, também haveria mudança decorrente principalmente da ação do homem, como a construção de cidades, de estradas, de represas, a secagem da exploração agropecuária, extrativista, industrial e muitas outras transformações.

Não se pode esquecer, ao estudar as paisagens geográficas, que os elementos físicos e humanos constituem um todo e estão sempre relacionados entre si.
Edmario Nascimento da Silva

O espaço no tempo

É preciso pensar a interação do ser humano com o espaço geográfico sempre a partir das condições que o cercam e das necessidades que enfrentam. Os vestígios deixados pela espécie humana ao longo de sua trajetória significam as soluções encontradas das ideias nos fornece algumas pistas necessárias para desvendar a forma como estava organizada a sociedade no passado.

O convívio entre os elementos do passado e do presente é parte integrante da paisagem. Assim, podemos identificar idades diferentes ocupando o mesmo espaço. Ao lado de uma construção recente temos a manutentção de uma estrutura rica em significados culturais, políticos e econômicos. Em nossa cidade, por exemplo, convivem a estrutura da prefeitura antiga, o colégio Inocêncio Góes, a praça Duque de Caxias, o prédio da Câmara de Vereadores, a igreja Matriz Católica, o prédio do colégio Santana, o antigo mercado de farinha (hoje servindo como anexo de serviços públicos municipais), a antiga praça da feira (hoje área de estacionamento no comércio) etc. Cada um desses lugares foi construído em um determinado período da história do município e, portanto, representa a forma como a sociedade catuense estava ou está organizada no espaço.
Edmario Nascimento da Silva

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Para começar a conversa...

Uma razão pela qual vale a pena estudar chama-se liberdade.

A liberdade é o caminho pelo qual nossas ações e palavras, pensamentos e atitudes, gostos e preferências são realmente nossos, pertencem-nos desde a sua concepção até a sua exposição. O estudo nos garante que possamos alcançar esse grau de autonomia.

A liberdade que se quer não é exatamente uma liberdade. O que se quer é o que se tem vendido pela mídia como sendo a liberdade do jovem, a liberdade do idoso, a liberdade do negro, a liberdade do portador de necessidades especiais. Uma liberdade que se adequa ao modelo de consumo de cada grupo, de cada setor, de cada indivíduo. Não se permite o questionamento, a crítica e, muito menos, a autocrítica.

Liberdade que se vende de forma aviltante!

Estudar, aquele processo árduo de formação da opinião e independência de pensamento, que nos permite escolher após avaliar cada aspecto, cada situação que está envolvida em um determinado produto; aquele processo que requer leitura, pesquisa, elaboração, releitura e autocrítica. Estudar ainda é o caminho que dispomos para alcançar a liberdade, afinal, quem não sabe o que quer não pode alcançar o que não conhece.
Edmario Nascimento da Silva